terça-feira, 23 de junho de 2009

Olá a todos.

Antes de mais quero agradecer à professora o facto de entender a minha ausência, apesar de justificada por questões profissionais. Foi muito agradável receber sempre resposta aos emails enviados, coisa que nem todos fazem, o que marca a diferença.

De seguida, agradecer aos meus colegas que farão o favor de me substituir, apresentando a minha parte. Mas, como aos amigos não se agradece, eles existem para ajudar quando é preciso! Façam o favor de apresentar o trabalho como deve ser...

Em resumo quero dizer a todos que foi muito bom ter voltado à universidade, ter tido contacto com novas ferramentas. Apesar de muitas horas à volta da construção do nosso blogue, foi efectivamente muito positivo aprender a "construir" novas formas de comunicação, as quais serão muito úteis para a minha vida profissional e pessoal.

Tenho que agradecer ao "meu" filho João que tantas vezes me ajudou, mesmo quando o tempo dele já era pouco.
Agora vamos ao trabalho. OBRIGADA A TODOS.
BJS

Maria Sameiro Alves

sábado, 20 de junho de 2009

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Reflexão sobre Podcast

Podcast deriva da junção entre a palavra iPod (marca do aparelho de media digital da Apple de onde saíram os primeiros scripts de podcasting) e broadcasting (transmissão de rádio e televisão). A junção destes dois programas faz com que podcasting seja um modo de obter arquivos de áudio que podem ser acedidos pela internet. Então o que podemos entender por Podcasting? É uma estrutura mecânica onde um ficheiro multimédia é transferido de um servidor para um cliente, que absorve a informação através de um registo que contém endereços de ficheiros. Genericamente, esses ficheiros contêm vídeo e áudio, mas também podem conter imagens, textos, PDF, ou outros tipos de ficheiros.

Como se faz? O fornecedor de conteúdos começa por gerar um ficheiro (por exemplo, um ficheiro áudio) e disponibiliza-o na Internet. Isto ocorre através da disponibilização do ficheiro num servidor de entrada pública. A única exigência é que o ficheiro seja alcançável através de uma URI (….) que seja conhecida. Este ficheiro é normalmente referenciado como um acontecimento de um podcast. Por outras palavras, a sequência de arquivos publicados por Podcasting é chamada de Podcast. Como exemplo, temos o nosso post, uma vez que todos nós concretizamos o nosso ficheiro onde nos apresentamos e mostramos algumas das nossas características.

A nossa opinião:

Vantagens do Podcast:
- Contacto com um novo programa do Windows;
- Descobrir e explorar todas as ferramentas do programa;
- Introspecção da nossa História de vida;
- Aplicabilidade que esta ferramenta tem no campo profissional.

Desvantagens do Podcast:
-O Resultado é de curta duração;
-Implica algum domínio das ferramentas que o grupo não dominava;
-Exige muito tempo na selecção e organização da informação.



Reflexão sobre Blogos(fera)

Um blogue é um site cuja organização permite a actualização rápida a partir de aditamentos ou "posts". Segundo Blood é “um website que é frequentemente actualizado, con novo material postado no topo da página, acompanhado da data em que foi publicado” (Lankshear, C & knobel, M., 2006, In Panaskeva & Oliveira, 2006, p. 98).
Estes são, em geral, organizados de forma cronológica invertida, costumam abordar várias temáticas e podem ser inscritos por um número variável de pessoas, de acordo com o interesse, afinidades, gostos, motivações, sendo um espaço que permite a criação de alianças sociais.
Muitos blogs facilitam comentários ou notícias sobre um assunto em particular; outros funcionam mais como diários online. Um blog típico combina texto, imagens e links. No entanto, há outros blogs, que mantêm temas específicos. A possibilidade que os leitores têm em deixar e recolher comentários de forma a interagir com o autor e outros leitores é uma parte muito importante de muitos blogs.
A maioria dos blogues encontram-se divididos em duas colunas de conteudos principais, ou seja, uma coluna aloja os posts do website, estando cada post ordenado cronologicamente da entrada mais recente para a mais antiga, sendo cada posts automaticamente datado. Uma segunda coluna desempenha uma espécie de menu e índice do blogue, onde encontramos, no nosso caso concreto, o calendario; uma breve descrição do grupo seis; uma pequena lista de links relacionados com a area profissional e de interesse do grupo e uma lista de links para blogues de outras pessoas.
Alguns sistemas de criação e edição de blogs são muito aprazíveis. Disponibilizando ferramentas próprias que facilitam o desenvolvimento do trabalho.
A maioria dos blogs são primariamente textuais, outros focam temas exclusivos como arte, fotografia, vídeos, música ou áudio, no entanto podem incluir imagens, ficheiros de voz formando uma ampla rede de mídias sociais.
Em dezembro de 2007, o motor de busca de blogs Technorati assinalou a existência de mais de 112 milhões de blogs.[1] Com o aparecimento do videoblog, a palavra "blog" assumiu um significado mais vasto, envolvendo qualquer tipo de mídia onde um indivíduo manifeste a sua opinião ou simplesmente comunique sobre um determinado assunto.


O outro lado da Blogosfera, pelo nosso PM...

Da scriptosfera aos nossos dias

À medida que o Homem foi evoluindo nas suas necessidades, tais como comunicar à distância, teve de desenvolver técnicas de linguagem e descobrir novos suportes que permitissem a materialização do som. A descoberta da escrita (700 A.C.) –scriptosfera - permitiu assim que se conhecessem experiências de pessoas de outros espaços e tempos. Mas no início, a utilização de técnicas morosas (reprodução manual) e de elevados custos (papel) sendo pouco evoluídas, não permitia senão a uma elite o acesso ao saber (começa aqui o conceito de info-exclusão).
É então que no séc. XV com a abundância de papel e com a mecanização, surge a imprensa de Gutenberg, amplificando-se o poder da escrita. A Galáxia de Gutenberg, ao estabelecer as bases tecnológicas para a materialização e aplicação da informação, permitiu a passagem de uma cultura e educação de elite, para uma de massas, abrindo assim as portas a uma transformação social com repercussões incríveis. É o início do fim de uma primeira vaga que durou 10.000 anos...
A Revolução Industrial, os progressos científicos, o fomento de investigação tecnológica e o crescimento económico que daí derivaram, levaram a uma nova fase de mecanização na qual as máquinas praticamente substituíram o Homem na realização de muitas tarefas (tecnosfera). Isto conduziu ao surgimento da Galáxia de Marconi (electricidade) fazendo com que a comunicação ganhasse um vasto campo de expansão através da rádio, da imagem cinematográfica e televisiva.Com o aparecimento dos mass-media entrava-se na era da comunicação de massas: o Homem dispunha não só da linguagem das palavras (oral e escrita) mas tinha também a possibilidade de se expressar através da linguagem audio-scripto-visual.
Inicia assim a “Era do Vazio” e começava-se a perceber que o exagero da submissão à tecnologia não era resposta. Nesta época “tecnizada”, da interdependência da aldeia tribal, em que a Humanidade havia passado para uma Aldeia Global, vislumbrava-se o início da 3ª vaga... Com o aparecimento do computador surge a possibilidade de integrar o som, a imagem e a palavra num mesmo suporte, processando maiores quantidades de informação e mais rapidamente; o que marca o advento de uma nova era comunicativa: a Galáxia de Turing. De uma linguagem analógica, informação difundida passamos para uma linguagem digital (infosfera).
Surge então a inteligência artificial (1956/8) - que emergira de vários campos como a filosofia, matemática, psicologia e neurologia - gerando muita controvérsia, (na medida em que a inteligência é uma das características que define um ser humano), surgem também os robots para substituir o Homem nas tarefas repetitivas e monótonas.
Eis então que a evolução tecnológica verificada em diversas áreas, permite o aparecimento de uma nova tecnologia - a Realidade Virtual, “também designada de Ambientes Sintéticos, Ciber-espaço, Realidade Artificial, Tecnologia de Simulação, etc”. Esta nova tecnologia, incorpora três conceitos: “visualização (referindo-se a todos os outputs que o computador pode gerar; gráficos, audio ou outras sensações), manipulação (o utilizador pode manipular directamente o mundo virtual e os objectos nele contidos) e interacção (é essencial que a interacção com todo o mundo seja feita em tempo real, ou então, muito próximo deste ideal). Pode assim ser definida como um “sistema que permite a um ou mais utilizadores movimentarem-se ou reagirem num ambiente simulado pelo computador (3D).
No entanto, mesmo sendo impulsionada pela indústria e pelo entretenimento, esta área possui um grande potencial educativo, e desde que correctamente utilizada, poderá tornar-se num instrumento de ensino/aprendizagem versátil e de grande eficácia. Há que ter consciência que a aceleração da evolução é cada vez mais rápida e intensa e que a mudança e os avanços tecnológicos são inevitáveis, interferem e alteram a nossa vida.
A Escola deve educar para a mudança, tem de preparar para o futuro através de uma educação permanente em que se forme as pessoas para a sociedade em que se vão inserir: uma sociedade altamente tecnológica; para que essas pessoas possam descodificar todos os sistemas de linguagem, de comunicação e não se tornem info-excluídas, oprimidas.
Com o advento da internet e com a sua constante divulgação e facilidade de acesso, não sendo necessário despender muitos recursos para se poder aceder, muitas instituições e empresas viram-na como um excelente meio de fornecer formação sem grandes investimentos, com a vantagem de não estar restringido a uma dada localização geográfica. Assim pessoas de todo o mundo, por mais remota que seja a sua localização, já não estão privadas do acesso à formação. Várias foram as instituições, que não se querendo atrasar nesta nova vaga das tecnologias de informação, lançaram mãos à obra, começando a investir seriamente neste novo tipo de formação.
Se Educar é formar e preparar para o futuro, proporcionando aos jovens, quer a nível profissional quer a nível social e humano, as ferramentas que lhes permitam descobrir o seu caminho e construírem o seu próprio futuro, o próximo passo poderá ser os mundos virtuais, já que nessas realidades simuladas, os alunos poderão descobrir de uma forma activa e divertida, os conhecimentos anteriormente transmitidos unicamente pelo professor.
Isto consegue-se porque a imersão no mundo virtual (proporcionando o contacto directo com objectos, ideias e conceitos) não apenas facilita a aprendizagem (apreende-se e aprende-se melhor porque se vai vendo e ouvindo), mas permite ao aluno descobrir por si, e aprender construindo o seu conhecimento numa realidade virtual experimentada, com base nas sensações por ele percepcionadas.
Deste modo, a aprendizagem realizada através da vivência pessoal do aluno, da sua experiência em primeira mão, torna-se mais viva, rica e variada e ao mesmo tempo mais duradoura já que, constituindo uma experiência pessoal, dificilmente será esquecida.
Num mundo virtual os alunos vêem, sentem, mexem, manipulam e, sobretudo entusiasmam-se, empenhando-se assim mais na aprendizagem. Por outro lado, a realidade virtual possibilitando a reconstituição e a criação de mundos onde nada é impossível e os limites são os da imaginação do seu criador, também incentiva a criatividade.
O professor torna-se, mais que o sábio, um guia para os seus alunos, um colega, ele é quem facilita a aprendizagem dos alunos, um igual que se coloca ao lado dos seus educandos, trabalhando com eles, sentindo as mesmas dificuldades e alegrias, triunfos e fracassos. Como em muitos outros domínios, inovação não significa necessariamente, substituição do antigo pelo novo. A Realidade Virtual, como nova forma de Comunicação, não irá substituir a tecnologia já existente mas sim complementá-la.
O caminho para uma sociedade melhor é confiar na tecnologia, mantendo um espírito crítico e de reflexão bio-ético relativamente à sua utilização. Deste modo há que educar as pessoas no sentido de adquirirem uma consciência reflexiva sobre a dimensão ética da tecnologia, pois “se soubermos utilizar a nossa sabedoria, em vez da nossa ignorância, esta tecnologia (a realidade virtual) servirá para libertar a mente humana e não escravizá-la”.

BIBLIOGRAFIA:
BERTRAND, Y. & VALOIS, P. (1994). Paradigmas Educacionais: Escola e Sociedades. Lisboa: Instituto Piaget.
Enciclopédia Multimédia Encarta 98.


segunda-feira, 8 de junho de 2009

Sociedade e Informação

A formação de grupos humanos estáveis sempre assentou na comunidade de interesses, na partilha de valores culturais e na combinação privilegiada entre os seus membros. Nesta medida, toda a sociedade humana é ao mesmo tempo, causa e consequência da circulação de informação. Durante milhões de anos a informação qualificada manteve-se circunscrita e local.
Os centros de produção eram restritos, os mecanismos de informação mantinham-se controlados e os destinatários eram constituídos por elites bem delimitadas. Pode, assim, dizer-se que a informação era um bem escasso cuja detenção estava na origem e sustentação de poder económico, cultural e político. A humanidade vê-se agora imersa num vasto oceano de informação, recurso não finito e em constante recriação, bem como na partilha de um universo de conhecimento sem precedentes, sendo, por conseguinte, desafiada a repensar-se globalmente nos seus domínios mais vitais de interesse. A intensidade da relação entre a sociedade e a informação surge com tal dinâmica que se convencionou chamar sociedade de informação ao novo paradigma de civilização. A sociedade de informação, está, pois nuclearmente determinada pelas forças da revolução comunicacional que as tecnologias comunicações digitais acentuaram. Estas forças induzem o aparecimento acelerado de novos consumos, diferentes indústrias e serviços, mercados globais sem paralelo na história.
Em conformidade, surgem todos os dias novos estilos de vida, distintos padrões culturais e intelectuais, formas de organização social e económica, diferenciadas, assim como uma premente solicitação de novas competências e formas de aprendizagem. Deste modo, a sociedade da informação não significa tanto um conceito do presente quanto uma ideia do futuro. A modificação dos contornos do nosso quotidiano não será sectorial; antes afecta a totalidade da vida em comum e, por isso, se considera como tendo um largo impacto social.
A Educação, como actividade eminentemente comunitária, terá de reformular-se para operar num mundo denso de informação, numa humanidade globalizada, numa diversidade cultural e numa economia sedenta de formas de aprendizagem ao longo de toda a vida (procura de novas redes de vivência comunitária). Sociedade e informação acabam por se confundir numa mesma e indiscernível dinâmica. Uma e outra são o produto do mistério da existência humana.