terça-feira, 26 de maio de 2009

Somos nós, a máquina...!

A sociedade da informação não significa tanto um conceito do presente quanto uma ideia do futuro. A modificação dos contornos do nosso quotidiano não será sectorial; antes, afecta a totalidade da vida em comum e, por isso, se considera como tendo um largo impacte societal.
A Educação, como actividade eminentemente comunitária, terá de reformular-se para operar num mundo denso de informação, numa humanidade globalizada, num caldo de multicultura e numa economia sedenta de formas de aprendizagem ao longo da vida.
Numa cultura de informação total todo o facto é susceptível de partilha à escala do mundo, independentemente da sua natureza ou localização, e todo o ser humano pode ter acesso a toda a informação, independentemente da sua condição ou contexto pessoal. Nasce assim a sociedade global onde vivemos todos uma nova relação de vizinhança e de proximidade.
A denominada sociedade digital, isto é, aquela que surge a partir das extraordinárias capacidades de armazenamento e de transmissão de informação proporcionadas pela convergência entre as tecnologias audiovisual, informática e de telecomunicações, estas últimas suportadas por infra-estruturas de banda larga e por técnicas apuradas de compreensão dos sinais. No limiar da última etapa desta revolução digital, que se precipitará com a redução drástica do preço das comunicações e com a proliferação de interfaces adaptadas ao utilizador menos sofisticado, surge com força incontornável a realidade dos novos media: a internet.
Assim, a consagração do conhecimento como motor da produção, o lugar nevrálgico da ciência e da tecnologia; a maior flexibilidade na gestão dos tempos de trabalho; a ocorrência de mais tempo livre; a mobilidade de pessoas e a comunicação instantânea por todo o planeta; a explosão da diversidade; a procura de novas redes de vivência comunitária; a consciência social acrescida dos fenómenos complexos de pauperização, poderão influenciar decisivamente a vida em família, no campo ou na cidade, o sentido de vida ou a percepção dos dramas do mundo. Sociedade e informação acabam por se confundir numa mesma e indiscernível dinâmica.

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